Intermitências...daqui prá frente.
Comprei o mais recente livro do Saramago, "As Intermitências da morte".
Comprei-o nos armazéns do chiado. Quando entrei na loja, tentei lembrar-me da última vez que ali tinha estado. Foi, com certeza, numa outra vida. Quando ela ainda não tinha perecido.
Fui para o Vertigo na altura certa. No lusco Fusco. Quando baixam as luzes e acedem velas. Velas que iluminam (por vezes) muito mais que a chama dos tolos que estão em meu redor.
Peço um Capo e devolvem-me a placa 13, para mais tarde proceder ao pagamento.
Abro o livro, começo a ler. E se a morte deixasse de bater a porta?
E se ela não estivesse morta?
O Capo arrefece. A placa reflecte cores nos contornos do seu 13.
31ª entrada no Caderno Azul : As intermitências do Amor 18/11/2005
A Intermitência do Amor...e se ele nunca terminasse.
Porra, isso seria uma chatice.
( para pensar nos próximos dias )...
29ª entrada no Caderno Azul :
"Intermitências da morte" do Saramago e Nº13 da mesa do Vertigo.
17/11/2005 19h13.
PS - Faça favor de clicar em comments e escrever qualquer coisa...Obrigado.
Comprei-o nos armazéns do chiado. Quando entrei na loja, tentei lembrar-me da última vez que ali tinha estado. Foi, com certeza, numa outra vida. Quando ela ainda não tinha perecido.
Fui para o Vertigo na altura certa. No lusco Fusco. Quando baixam as luzes e acedem velas. Velas que iluminam (por vezes) muito mais que a chama dos tolos que estão em meu redor.
Peço um Capo e devolvem-me a placa 13, para mais tarde proceder ao pagamento.
Abro o livro, começo a ler. E se a morte deixasse de bater a porta?
E se ela não estivesse morta?
O Capo arrefece. A placa reflecte cores nos contornos do seu 13.
31ª entrada no Caderno Azul : As intermitências do Amor 18/11/2005
A Intermitência do Amor...e se ele nunca terminasse.
Porra, isso seria uma chatice.
( para pensar nos próximos dias )...
29ª entrada no Caderno Azul :
"Intermitências da morte" do Saramago e Nº13 da mesa do Vertigo.
17/11/2005 19h13.
PS - Faça favor de clicar em comments e escrever qualquer coisa...Obrigado.
7 Comments:
Achas mesmo que o amor termina?
..."As intermitências do amor"... hum... a intermitÊncia de um sentimento não implica o seu fim... Achas que o período letárgico de um sentimento implica a sua extinção?
Chatice seria se o sentimento tivesse sempre a mesma intensidade... mas a refutar isso está a vida. Ela molda-nos... Aposto que cada dia que passa não és o mesmo... por mais imperceptível que fosse, depois de uma lágrima, de uma dor ou de um sorriso, "o teu cerne" amadureceu...
PS: se concordares aceita este comentário e se não concordares... olha que porra... estamos numa democracia... aceita-o à mesma!
Gostei muito da tua 29ª entrada...
Caro anónimo
«"As intermitências do amor"... hum... a intermitência de um sentimento não implica o seu fim...»
O sentido que estou a dar a "intermitência do amor" é exactamente o oposto. Vai no mesmo sentido da "intermitência da morte", como no livro. A incapacidade de haver um fim, no meu caso, do Amor.
Daí também concordar com :
«Chatice seria se o sentimento tivesse sempre a mesma intensidade... »
porque se o Amor não morresse, não haveria perda. Não haveria altos e baixos. Não existiria risco.
E seriam muito do mesmo...uma chatice.
Por isso poderei dizer que concordo com quase tudo o que disseste, excepto o anónimo.
Um abraço, BrunoS
he he he... concordamos então em muita coisa... quase tudo... excepto no anónimo!!!
PS: O risco dá sabor às coisas! Parece-me que achas que não é risco nenhum assumir-se como anónimo... Fica bem
Pergunto-me se o caderno já não está cheio?! :P
Será mesmo que seria uma chatice se o amor nunca acabasse??Ou será que achamos uma chatisse cada vez que ele acaba??...;)
Achamos uma chatice quando acaba (acho que a maioria). Talvez "chatice" seja uma palavra pouco abrangente neste contexto.
Mas assim como a morte faz-nos dar mais valor à vida, o fim dá importância ao início.
Muitas vezes (para não dizer todas) damos valor ao que temos pela sua ausência. Como a fome. Apercebes-te como é bom ficar de barriga cheia depois do estômago roncar.
Será que água sabe melhor em qualquer outra altura que não seja depois de uma grande caminhada?
A experiência de dor, e tudo o que isso desencadeia, é o que nos separa de seres autómatos (de uma forma simplista).
Nunca deixei de caminhar após me (re)tirarem o tapete dos pés. Mas fiquei muito tempo parado no tapete...sem fazer um único passo.
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