Plátano da 7h30
«Na Alemanha, por exemplo, dizem eles que não há maneira de dizer "as intermitências da morte". Se eu lhes digo, por exemplo, que os automóveis têm uma luz intermitente, eles respondem-me que "luz intermitente" podem traduzir, não podem é dizer em alemão "as intermitências da morte". Ao que eu respondo:
"Oh que língua maravilhosa temos nós, que é capaz de dizer coisas que as outras línguas não são capazes!..." »
in entrevista a José Saramago, Público 2005/11/11.
As palavras, ao pequeno almoço, são como troncos. Sólidas e seguras.
Isto ao início. Porque depois vão evoluindo para raízes e ramos. Cada vez mais frágeis e longas.
Múltiplos ramos e raízes que são sempre cortados pelo som da tua cadeira... ao levantares-te.
E do toq toq das tuas botas. Em direcção à porta.
Depois de abrir o jornal dei por mim a pensar...
Quem me dera falar todas as línguas,
tenho tanto para te dizer
demasiado para contar.
Que uma língua não chega.
[ fica sempre tanto por dizer
fica sempre tudo por dizer. ]
3 Comments:
Gostei! =)
Às vezes também tenho essa sensação... que uma língua simplesmente não chega...
Duas palavras já formam uma frase.
E duas frases...um texto.
Uma divagação...faz um texto filosófico, e uma piada...transforma-o numa comédia...É sempre assim...palavra puxa palavra, e quando damos conta...Já o último sorriso não é pela graça da primeira palavra...
Gostei muito desse comentário anónimo. Continua por aqui abaixo, e a comentar.
Saudações bloguisticas.
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