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quarta-feira, novembro 16, 2005

Eu vou-te deixar...



Ouvir música alta. É isso! Não está mal, só para começar.
Vou deixar de ouvir música alta demais... assim que um corsa vermelho passar. Pronto, verde também. Assim que um Opel Corsa Vermelho ou Verde passar, eu deixo de ouvir a música alta demais. Como estou a fazer agora. Não importa serem dos novos...os Corsas.

Deixarei de perder comboios por o café estar quente demais. Deixarei de mexer a chávena durante minutos. Deixarei de beber café, já agora.

Deixarei de seguir a "carneirada" que corre por um metro que não vem. Deixarei de subir o lado errado da estrada...de trocar por outro lado errado, todos os dias.

Deixarei de acreditar que há por aí mulheres que preferem o romantismo à lamechice barata. Que preferem o exercício da mente ao do corpo.

Deixarei de acreditar que existes. Que vale a pena esperar por ti...

Tudo isto.
Deixarei tudo isto sem pestanejar.
Já asseguir... na próxima curva.


28ª entrada no Caderno Azul, 16/11/2005 7h00.


PS - Faça favor de clicar em comments e escrever qualquer coisa...Obrigado.

7 Comments:

Blogger Cucu said...

Música alta é sinónimo de hipoacúsia mais cedo ou mais tarde, por isso até fazes bem! ;) Tens tensão alta? Se sim, devias reduzir o café... se não, os seus malefícios não serão tão evidentes! Basta teres uma boa higiene oral... sabias que café e tabaco são dos piores inimigos para a estética dentária?! :P

«Deixarei de acreditar que há por aí mulheres que preferem o romantismo à lamechice barata. Que preferem o exercício da mente ao do corpo.»

Sim, elas existem... lá por não conheceres nenhuma (?) não significa que seja uma "caça aos gambuzinos". Não generalizes!:P Talvez a dificuldade resida no timing aquando do encontro de almas... ou um desencontro a nível da linguagem que cada um utiliza...

«Deixarei de acreditar que existes. Que vale a pena esperar por ti...»

Descansa... quando menos esperares, o "ti" aparece! ;)

16/11/05 22:04  
Blogger .:X:. said...

Largar velhos hábitos é tarefa difícil... até porque passamos o tempo todo a adiá-la, à tarefa.

Porque, querendo ou não, tornamo-nos nós nesses hábitos. São eles que se enfiam primeiro nos sapatos, de manhã.

Estás a reinventar um jogo-para-ganhar-coragem. Todos o fazemos, de tempos a tempos.

Olha, eu estou à espera da próxima lua cheia para... já não me lembro, mas era qualquer coisa... sei que era... qualquer... coisa... ;)

Bj,
.X.

16/11/05 22:10  
Blogger Krushev said...

Um texto oportuno nesta época natalícia, onde o amor pelo próximo impera (pelo menos aparentemente).

Um ensaio romântico sobre os pequenos vícios do dia-a-dia, que nos faz continuar a acreditar no amor verdadeiro e sincero, com mútuo prazer e mútua paixão.

Uma gota de esperança, num oceano repleto de pessimistas crónicos e não crónicos.

Enfim...
ACORDA PARA A VIDA PÁ!!
Vais-me dizer que ainda acreditas no Pai Natal?!
E que a Leopoldina não foi nenhuma invenção do grupo Sonae para tentar cativar os putos??
E que vale a pena continuar a ser um gajo fixe quando vês e revês que tratar com desdém, ser um cabrão e um verdadeiro artista de variedades é o que está a dar?
E que aqueles 5, 6 minutos de intermitência luminosa são realmente intensos?!

Olha-me este!
Pendulares há muitos, oh tóni!

:)

16/11/05 22:59  
Anonymous Anónimo said...

You are getting better and better my brother ;)
Eu vou-te deixarc ointinuar a deixar e voltar a fazer :(
Bjs
C.S.

16/11/05 23:20  
Blogger Adelaide Bernardo said...

Qualquer Coisa!
jitos

18/11/05 17:25  
Anonymous Anónimo said...

Sabes qual é o grande problema em tudo isto que escreveste??É encontrares "a próxima curva"...E quando um dia a encontrares...possívelmente...já nem te lembras que um dia a procuraste...;)

2/12/05 20:12  
Blogger BrunoS said...

O "Já asseguir... na próxima curva." tem outro sentido... mas não estas muito longe.

Se leres o texto novamente, vais reparar que o personagem começa por escolher um carro para dar início à mudança. Podia ter sido um carro qualquer, por ex: "Vou deixar, quando aparecer um carro". Mas no entanto ele escolhe esperar por um Opel. E da opel um corsa. E do corsa um vermelho...para não ser muito difícil, deixa espaço para verde...e que podem ser carros velhos (não necessariamente novos).

Depois disto tudo, ele termina à prócura de uma curva. Podia ser mais fácil que isso. Uma recta, por ex... No próximo passo.
Mas ele escolhe a curva. E muito provalmente iria ser à esquerda. Depois não poderia ser muito apertada...percebes?

Ele vai saltando de espera em espera, sem nunca deixar realmente de ser quem é.
Um pouco como fazemos todos na passagem de ano.

3/12/05 02:20  

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