Rótulos
Venho por este meio, informar-vos que não estou pra rotulagens. Sim, meus caros, nada de Rótulos. Vós que passeis a vida a rotular (eu incluído) tendes os dias contados. Mas que porra! Pelo menos que rotulem com mais imaginação. Um indivíduo de óculos e Público na mão pode muito bem não ser intelectual de esquerda. Pode mesmo nem sequer saber o que isso quer dizer. Lá por se endividarem em milhões, e por levarem o seu país á miséria, não quer dizer que os Srs. do governo Angolano sejam corruptos. Muito menos que todos os dirigentes políticos o sejam! Existem muitos que não o são...não me estou a lembrar de nomes, mas algum deve de haver. Algures.
Até mesmo os nossos mortos estão rotulados... de isso mesmo. Algures no epitáfio está um erro crasso. Não. Não é nas eternas saudades dos filhos, netos e do cão. Alguns são mesmo honestos em toda aquela cerimónia da morte. Com a lágrima no olho, a voz a tremer e o olímpico mergulho para junto do morto. Alguns destes gestos são mesmo autênticos(!) e não apenas para delícia dos presentes. O erro encontra-se bem no início. Na data da morte.
O troglodita do espermatozoide não o sabe. Mas ele é o fio condutor de tudo isto. Com o seu Mitocondrias e o ADN na ponta (pelo que me lembro de CTV). Energia e Descendência.
O nosso querido morto é indigno desse nome. Ele vive em todos nós. Foi o responsável directa ou indirectamente no o bang que nos precedeu.
Um valente jogo de rins e volto ao tema que me trouxe aqui.
Se nem os mortos podem ser rotulados daquilo que o (não) são, então o que resta pra rotular? Bem... muitos gostam de perder tempo comigo. Aqui vão alguns exemplos:
Coitadinho, temperamental, infiel, fodilhão, distante, burro (esse animal raro!), atrasado, falabarato, desorganizado, labrego, cínico...
e a lista continua. Alguns chegam mesmo a ser apreciativos... embora não me recorde agora (mais um momento do eu modesto/cínico).
Meus caros...o caraças! Um rótulo custa uma pipa e alguns de vocês fazem-no aos milhões! Só podem ser todos muito ricos, e por sua vez muito baratos. Por isso...
Meus baratos... se não o conseguem evitar, rotulem com mais imaginação. Acreditem que é mais bonito andar cheio de post its no corpo com palavras impronunciáveis. Podiam mesmo ser uma palavra inventada por vocês! Exemplo: Aldroniano - Sábio de cabelos loiros e olhos verdes.
Numa tarde de café, a cara D. fez-me a mesma pergunta que lhe tinham feito numa aula de uma cadeira de nome pomposo (do seu curso respeitável).
"Diz-me numa frase, aquilo que és..."
Bebi o meu café e disse:
"um esquisso daquilo que quero ser..."
Mil perdões D., precipitei-me. Sou aquele que tem um sobretudo forrado a post its, com todos os rótulos dos baratos.
Eu não uso sobretudo.
Até mesmo os nossos mortos estão rotulados... de isso mesmo. Algures no epitáfio está um erro crasso. Não. Não é nas eternas saudades dos filhos, netos e do cão. Alguns são mesmo honestos em toda aquela cerimónia da morte. Com a lágrima no olho, a voz a tremer e o olímpico mergulho para junto do morto. Alguns destes gestos são mesmo autênticos(!) e não apenas para delícia dos presentes. O erro encontra-se bem no início. Na data da morte.
O troglodita do espermatozoide não o sabe. Mas ele é o fio condutor de tudo isto. Com o seu Mitocondrias e o ADN na ponta (pelo que me lembro de CTV). Energia e Descendência.
O nosso querido morto é indigno desse nome. Ele vive em todos nós. Foi o responsável directa ou indirectamente no o bang que nos precedeu.
Um valente jogo de rins e volto ao tema que me trouxe aqui.
Se nem os mortos podem ser rotulados daquilo que o (não) são, então o que resta pra rotular? Bem... muitos gostam de perder tempo comigo. Aqui vão alguns exemplos:
Coitadinho, temperamental, infiel, fodilhão, distante, burro (esse animal raro!), atrasado, falabarato, desorganizado, labrego, cínico...
e a lista continua. Alguns chegam mesmo a ser apreciativos... embora não me recorde agora (mais um momento do eu modesto/cínico).
Meus caros...o caraças! Um rótulo custa uma pipa e alguns de vocês fazem-no aos milhões! Só podem ser todos muito ricos, e por sua vez muito baratos. Por isso...
Meus baratos... se não o conseguem evitar, rotulem com mais imaginação. Acreditem que é mais bonito andar cheio de post its no corpo com palavras impronunciáveis. Podiam mesmo ser uma palavra inventada por vocês! Exemplo: Aldroniano - Sábio de cabelos loiros e olhos verdes.
Numa tarde de café, a cara D. fez-me a mesma pergunta que lhe tinham feito numa aula de uma cadeira de nome pomposo (do seu curso respeitável).
"Diz-me numa frase, aquilo que és..."
Bebi o meu café e disse:
"um esquisso daquilo que quero ser..."
Mil perdões D., precipitei-me. Sou aquele que tem um sobretudo forrado a post its, com todos os rótulos dos baratos.
Eu não uso sobretudo.
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